Comandante do 14º BPM participa de reunião com empresários de Jaraguá do Sul

 Na última segunda-feira (11), o comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel José Luiz Gonçalves da Silveira, participou da reunião plenária da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs).

O presidente do Conselho Comunitário Penitenciário de Jaraguá do Sul (CCPJS), Álvaro Leithold, também participou da plenária e, juntamente com o comandante Gonçalves, explanou sobre a atual situação da Segurança Pública no município. “Hoje, o efetivo de Jaraguá do Sul e região é menor do que o de 10 anos atrás. O belo trabalho realizado pelo coronel Gonçalves no comando do 14º BPM, buscando sempre soluções criativas, apoiado em alternativas inovadoras e tecnológicas, tem amenizado esta defasagem, mas precisamos nos unir para conseguirmos mudar esta lamentável estatística em nosso município”, afirmou Álvaro.

Em seguida, o comandante Gonçalves apresentou parte de sua equipe de gestores e a situação atual da Polícia Militar na região do 14º BPM, que é responsável pela segurança, além de Jaraguá do Sul, das cidades de Guaramirim, Massaranduba, Schroeder e Corupá. “Estamos honrados com o convite para participarmos desta importante plenária, pois nos proporciona mais um momento para estreitarmos nosso relacionamento e parceria com a classe empresarial, além de ser uma excelente oportunidade para expormos nossa atual situação para a sociedade e reafirmarmos nosso compromisso com a proteção das pessoas e dos patrimônios. A Diretoria de Ensino da corporação indicou o 14º BPM para formação de 35 alunas soldado, em razão de o Estado ter autorizado, semana passada, a inclusão de aproximadamente 230 mulheres, estava tudo certo para iniciar essa outra turma feminina, na data de hoje, aqui em Jaraguá do Sul, fato que não aconteceu”, destacou Gonçalves.

O subcomandante do 14º BPM, major Rogério Vonk, fez a apresentação de alguns projetos. “Nestes últimos dois anos de comando, com o coronel Gonçalves, elaboramos aproximadamente 30 projetos. Com a saída dos polícias do presídio, conseguimos potencializar alguns projetos, como o Canil Setorial, o Observatório de Inteligência e a Ronda Escolar. Pretendemos tirar do papel o projeto Escolinha de Trânsito, utilizando o espaço cedido ao batalhão em frente a Arena Jaraguá”, afirmou Vonk. O chefe da comunicação social, capitão Aires Volnei Pilonetto, apresentou as principais ferramentas de comunicação utilizadas pelo batalhão. “Além das constantes visitas e reuniões de aproximação com a sociedade, difundidas pelo coronel Gonçalves em sua gestão, sabemos da importância das redes sociais e, além do nosso site, utilizamos o facebook, o twitter e o youtube como canais de interação com a comunidade”, falou Pilonetto.

Por último, o chefe de operações, major Gildo Martins de Andrade Filho, e o corregedor do 14º BPM, capitão Alexsandro Cravo Kalfeltz, falaram sobre o cenário estadual da criminalidade e a diferença entre Guarda de Trânsito e Guarda Municipal. “Como não fomos consultados sobre a implantação de uma guarda no município, aproveitamos a oportunidade para destacar que a Guarda Municipal só poderá cuidar do patrimônio da Prefeitura Municipal e que a Guarda de Transito só poderá aplicar infrações de trânsito, nenhuma delas poderá fazer o papel da Polícia Militar, com rondas ostensivas e abordagens, por exemplo. Não somos contra nenhuma das guardas, mas sim, contra a ilegalidade na aplicação de suas atribuições e com o que está sendo veiculado, de que poderão substituir a própria polícia. Mostramos que Jaraguá do Sul está entre as cidades com menor índice de criminalidade do Estado”, explicou Andrade.

Na palavra livre, a presidente da Acijs, Monika Huffenüssler Conrads, questionou se a guarda municipal pode prender e fazer a segurança das pessoas. O capitão Kalfeltz explicou que em flagrante delito qualquer um do povo pode efetuar uma prisão, não precisando ser necessariamente guarda ou policial, se conseguir efetuar a mesma de forma segura. “Tanto nossa Constituição Federal bem como nossa Constituição Estadual são claras quanto às suas atribuições, não cabendo a nenhuma das guardas fazer o papel da polícia”, respondeu Kalfetz.

Na oportunidade, o Promotor de Justiça, Márcio Cota, aproveitou para parabenizar o ótimo trabalho realizado pelo coronel Gonçalves e toda sua equipe e lembrou que Jaraguá do Sul, por ser uma cidade unida e que resolve seus problemas, muitas vezes é prejudicada na hora de se destinar verbas e recursos. “Como aqui o associativismo é uma característica muito forte, se o município precisar de mais um hospital ou creche e o Estado não repassar recurso, a cidade vai lá é faz. Se nosso efetivo hoje é menor do que há 10 anos atrás, devemos cobrar do Estado esta reposição, e não acharmos que com uma guarda resolveremos este problema, pelo contrário, trará outros muito maiores. A Guarda Municipal ou de Trânsito não pode ser mais um ônus para Jaraguá, esse recurso deve ser destinado e investido em outras áreas, como saúde, educação e infraestrutura”, destacou Cota.

Para o prefeito de Jaraguá do Sul, Dieter Janssen, a parceria com o coronel Gonçalves, que nestes dois anos de comando tem sempre inovado, buscado realizar diversas parcerias e implantar inúmeros projetos em Jaraguá do Sul e região, está fazendo a diferença. “A questão da guarda está sendo levantada pelo poder legislativo, onde acreditamos que a discussão é, pelo menos, válida. Estamos muito satisfeitos com o atual comando, onde a Polícia Militar faz um excelente trabalho no município”, afirmou Dieter.

O comandante Gonçalves explicou que a grande dificuldade hoje da instituição é o fator humano e que a Polícia Militar está com dificuldades em suprir a defasagem de policiais, fato que está tentando ser revertido pelo atual Governo do Estado e Comando-Geral da PMSC. “Porém, estamos empreendendo uma estratégia do conhecimento, buscando o apoio na ciência, na tecnologia e na inovação, para fazermos mais e melhor, bem como, na racionalização dos meios. Prova disto são os variados projetos implantados pelo 14º BPM, como o Sensores de Inteligência, que buscará, em parceria com a sociedade, montar uma rede de inteligência. Estivemos discutindo em Brasília, na última semana, a Doutrina Nacional de Inteligência, onde nosso outro projeto, o Observatório de Inteligência, é o único que está sendo desenvolvido no Brasil. Não nos conformamos com nossa atual situação, sabemos que é preciso pensar, agir e inovar, para fazer acontecer”, finalizou Gonçalves.

Texto: Soldado Jorge Luis Sedrez Mendes